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  • Foto do escritordr Lauro Matos de Almeida

SIALOLITÍASE: UM GUIA DEFINITIVO PARA VOCÊ

Atualizado: 9 de jun. de 2023

Você já deve ter ouvido falar que algumas pessoas podem apresentar “pedras” nos rins ou na vesícula biliar, certo? Mas você sabia que também pode ocorrer a formação de “pedras” (que nós cirurgiões de cabeça e pescoço chamamos de cálculos) nas glândulas salivares?

Esse quadro é conhecido como sialolitíase: um problema benigno bastante comum que envolve a formação de pedras dentro dos ductos das glândulas salivares e muitas vezes vai precisar ser resolvido com cirurgia.

Aqui você vai aprender tudo o que precisa saber sobre esse assunto, mas para conseguir entender melhor sobre ele, primeiro é importante conhecer as glândulas salivares maiores.




As glândulas salivares maiores

Como o nome já diz, nossas glândulas salivares são responsáveis por produzir a saliva que chega na nossa boca. A menos que você tenha feito uma cirurgia e retirado uma dessas glândulas, tanto eu quanto você temos 3 pares de glândulas salivares maiores que nós podemos palpar na face e no pescoço e também ver no assoalho da boca.

O nome e a localização dessas glândulas é a seguinte:

  • Glândula parótida que podemos palpar abaixo e à frente da orelha, perto da bochecha;

  • Glândula submandibular que a gente consegue palpar no pescoço logo abaixo da mandíbula;

  • Glândula sublingual que está no assoalho da boca, abaixo da língua, e nós podemos ver a parte de cima dela quando botamos a língua para cima.

Agora que conhecemos as glândulas salivares maiores, vamos conhecer melhor a sialolitíase.

Sialolitíase

A Sialolitíase é a causa mais frequente de inchaço e inflamação das glândulas salivares, acometendo principalmente a glândula submandibular (cerca de 80% dos casos) e em segundo lugar a parótida (cerca de 20% dos casos).

O inchaço e a inflamação vão acontecer quando uma pedra se forma no canal que leva a saliva da glândula salivar até a boca. Essa pedra é o que nós cirurgiões de cabeça e pescoço chamamos de sialolito (ou cálculo). Se a pessoa tem uma pedra dessa, ela tem sialolitíase.

Na prática, a pessoa que tem sialolitíase vai sentir dor na parte de cima do pescoço ou na lateral do rosto, e essa dor geralmente piora quando a pessoa aperta o lugar inflamado ou vai se alimentar. Fique atendo a isso: durante as refeições a gente saliva mais, e como o sialolito bloqueia a passagem dessa saliva, acaba que o inchaço e a dor na glândula salivar doente aumentam.

E por quê essa pedra se forma?

Ainda não sabemos exatamente o que leva ao surgimento desses cálculos de saliva, mas acredita-se que alguns fatores podem estar associados, como por exemplo beber pouca água, especialmente em períodos de muito calor, que deixam a gente mais desidratado; ou alguns remédios que alterem a qualidade da saliva e prejudiquem a sua drenagem. É possível também que exista associação da sialolitíase com má higiene da boca e dos dentes, e com o hábito de fumar e de beber bebidas alcoólicas.

Como o cirurgião de cabeça e pescoço vai te ajudar

A sialolitíase é uma doença bastante comum, e o seu diagnóstico pode ser feito juntando a história clínica do paciente e o exame físico na consulta. Dependendo do tamanho desse sialolito, nós, cirurgiões, conseguimos sentir ele quando palpamos a boca e o pescoço. Em casos duvidosos, ou quando buscamos avaliar melhor o tamanho e localização do cálculo, lançamos mão de alguns exames de imagem, especialmente a tomografia computadorizada.

Quem recebe o diagnóstico de sialolitíase vai precisar ser tratado de acordo com o tamanho do cálculo, do quanto esse cálculo já agrediu a glândula salivar que lhe deu origem, e da resposta que o paciente teve com tratamentos conservadores.

Cálculos pequenos e com pouca inflamação da glândula, podem se resolver apenas com remédios, compressa morna no lugar da inflamação e sucos ou alimentos que estimulem a salivação. Já cálculos maiores vão exigir uma sialoendoscopia para tentativa de retirada ou quebra do cálculo, e caso isso não seja possível, a cirurgia para retirada do cálculo ou da glândula salivar acometida.

Agora que você aprendeu mais sobre a sialolitíase, manda esse texto também para um parente ou amigo e ajude mais gente a conhecer esse problema que é tão comum!

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Dr. LAURO MATOS DE ALMEIDA

Cirurgião de Cabeça e Pescoço

Membro do grupo de cabeça e pescoço da CLION

Preceptor da UFBA - HUPES

CLION - Rio Vermelho

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