top of page
  • Foto do escritordr Lauro Matos de Almeida

OS TRÊS PILARES DO TRATAMENTO DO CÂNCER DA TIREOIDE

Atualizado: 16 de mai. de 2022



O câncer da tireoide é seguramente a doença que mais trato entre as pessoas que me procuram no consultório. E essa é uma realidade para praticamente todos os cirurgiões de cabeça e pescoço.


Se você teve câncer da tireoide ou está prestes a tratar um, saiba que você não está só. Todos os dias muitas pessoas recebem esse mesmo diagnóstico e se perguntam: "Como será a vida daqui pra frente? O que preciso fazer para tratar essa doença?".


Para entender melhor como é o passo a passo do tratamento do câncer da tireoide, temos alguns pontos importantes para destacar:

  • O câncer da tireoide não é uma doença única. São cinco tipos principais de câncer, que vão ser mais ou menos comuns e também mais ou menos agressivos.

  • O tipo mais comum de câncer da tireoide é chamado de carcinoma papilífero da tireoide. Se você teve um câncer da tireoide, o mais provável é que tenha acontecido por um tumor desse tipo. Ele responde por cerca de 80% dos cânceres da tireoide, e também costuma ser o menos agressivo.

  • Existe o grupo dos "cânceres diferenciados da tireoide". Mais de 90% dos tumores malignos da tireoide vão estar nesse grupo. É sobre o tratamento desse grupo de tumores que vamos nos aprofundar nesse artigo.


Quais são os tumores diferenciados da tireoide?

Se você operou um câncer da tireoide, olhe o resultado da sua biopsia e veja se o nome que aparece é um desses três:

  • Carcinoma papilífero da tireoide.

  • Carcinoma folicular da tireoide.

  • Carcinoma de células de Hürtle.

Esses são os três tipos de tumores diferenciados da tireoide. E é justamente esses tumores que na maioria dos casos são tratados com as três modalidades de tratamento do câncer da tireoide, ou os três pilares de tratamento.


Ainda não se inscreveu no meu canal no YouTube? Clique aqui e se inscreva agora!


Quais são os pilares do tratamento?


Primeiro pilar – Cirurgia para retirada da tireoide (tireoidectomia)

Classicamente, o tratamento para o câncer da tireoide se inicia com a retirada de toda a tireoide (tireoidectomia total) associada ou não ao esvaziamento do compartimento central do pescoço. É muito provável que você conheça alguém que começou o tratamento do câncer da tireoide dessa forma.


Hoje em dia, somos mais criteriosos na indicação de cirurgia. Durante a consulta e na investigação do nódulo da tireoide, avaliamos se o ideal é que você faça a retirada de toda a tireoide, de metade da tireoide ou faça a vigilância ativa do nódulo, com acompanhamento clínico.


Para saber mais sobre a cirurgia da tireoide, clique aqui!


Segundo pilar – Terapia com iodo radioativo

O tratamento com iodo radioativo só vai ter utilidade naquelas pessoas que tinham um dos três cânceres diferenciados da tireoide, e já fizeram cirurgia para retirar toda a tireoide.


Além dos dois critérios básicos descritos acima, existem outros que são considerados na hora de indicar ou não a terapia com iodo radioativo. Para saber se no seu caso ele será necessário ou não, é importante conversar com o seu médico nuclear.


Terceiro pilar – Terapia de supressão do TSH

Muita gente entende o TSH como um exame de sangue para avaliar a função da tireoide. Mas nesse nosso contexto do tratamento do câncer da tireoide, ele vai servir para outra função.


Nosso objetivo com a terapia de supressão do TSH é manter o nível do hormônio abaixo do nível de referência do laboratório, em um valor final que vai variar um pouco de acordo com sua história clínica.





Meu tratamento não seguiu os três pilares, devo me preocupar?

O tratamento do câncer da tireoide evoluiu muito nos últimos anos, e há uma tendência a fazer tratamentos menos agressivos em pessoas que possuem cânceres de baixo risco. Vou dar alguns um exemplo:


Hoje é normal que uma pessoa com um nódulo de câncer único e pequeno na tireoide seja tratada apenas com uma tireoidectomia parcial, em vez de se fazer a retirada de toda a tireoide. O importante é que a pessoa não tenha risco aumentado para recidiva e que a biopsia final não demonstre sinais de agressividade do câncer.


De forma semelhante, pacientes com cânceres de baixo risco muitas vezes não precisam fazer o iodo radioativo, mesmo que tenham tirado toda a tireoide.


É claro que quando se trata de nosso caso específico, nós ficamos um pouco preocupados sobre se a conduta está sendo seguida de forma correta. O único jeito de tirar de vez essa dúvida, é passando em uma consulta com seu cirurgião de cabeça e pescoço e conversando com ele sobre o assunto.


2.784 visualizações

Posts Relacionados

Ver tudo
2021-04 CLION menor.jpeg

Dr. LAURO MATOS DE ALMEIDA

Cirurgião de Cabeça e Pescoço

Membro do grupo de cabeça e pescoço da CLION

Preceptor da UFBA - HUPES

CLION - Rio Vermelho

Av Oceânica, 3975.

Edf. Enseada Empresarial

Salvador - Ba

CEP: 41.950-000

CEO Salvador Shopping

Av. Tancredo Neves, 2539.
Caminho das árvores.
Salvador - BA
CEP: 41.820-021

bottom of page