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  • Foto do escritordr Lauro Matos de Almeida

MEU NÓDULO DA TIREOIDE PODE SER UM CÂNCER?

É isso o que pelo menos 9 a cada 10 pessoas perguntam quando entram em meu consultório e se queixam que descobriram um nódulo na tireoide.


O medo de ter um câncer na tireoide vai se confirmar como verdade em 5 a 10% das pessoas que descobriram um nódulo. Mas antes de dar o diagnóstico definitivo, existe um passo a passo de investigação que devemos seguir. Quer saber mais sobre esse passo a passo e saber como descobrir se um nódulo da tireoide é maligno ou benigno? Então se liga nesse artigo!



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Os nódulos na tireoide são tão comuns, que existe uma estimativa de que mais ou menos 10% da população tem um desses nódulos. Esses nódulos são também mais comuns em mulheres; e de forma parecida, o câncer da tireoide é muito mais comum no público feminino: a cada 10 pessoas com câncer da tireoide, 8 ou 9 vão ser mulheres.


O caminho da investigação

Existe um caminho a ser seguido para descobrir se o seu nódulo da tireoide é um câncer ou não, e o primeiro passo para essa descoberta é o ultrassom da tireoide com um profissional de confiança. Na maioria dos casos é o seu endocrinologista ou ginecologista quem solicita o exame, mas ele pode ser pedido por qualquer médico.


Existem basicamente dois cenários em que o ultrassom da tireoide é pedido: em pessoas que têm um nódulo na frente do pescoço e já desconfiam de um nódulo na tireoide, ou nas pessoas que fazem ultrassom da tireoide como exame de rotina e não sentem absolutamente nada relacionado com ela.


Com a ultrassonografia da tireoide começamos a entender a natureza do nódulo, e também vemos seu tamanho. No laudo final do exame, vão ser descritas características fundamentais para avaliar a suspeita desse nódulo ser maligno, e assim determinar se precisaremos ou não dar o próximo passo na investigação.


As características que o nódulo apresenta nos permitem classificar ele na escala do TI-RADs. Se você já fez um ultrassom da tireoide, pegue o resultado do seu exame e veja se nele consta a classificação dos nódulos de acordo com essa escala. Ela funciona da seguinte forma: nódulos mais suspeitos de serem malignos recebem uma pontuação mais alta. Nódulos muito suspeitos para câncer são classificados como TIRADs 5, por exemplo.

Por meio da classificação na escala TI-RADS se define a necessidade de dar o próximo passo no caminho de investigação dos nódulos tireoidianos. E esse próximo passo é a realização do exame da punção da tireoide, que nós cirurgiões de cabeça e pescoço chamamos de punção aspirativa por agulha fina (ou PAAF).


O que a punção da tireoide faz é aspirar algumas células que compõem o nódulo. Depois de aspiradas, essas células são colocadas no microscópio e analisadas por um médico patologista e o que esse médico vê, permite classificar o nódulo da tireoide entre alguns grupos:

  • Nódulo provavelmente benigno, que muitas vezes não precisa de cirurgia.

  • Nódulo indeterminado, que pode ou não ser um câncer.

  • Nódulo provavelmente maligno, que na maioria dos casos vai precisar ser operado.


Essa informação sobre o risco de um nódulo ser maligno ou não aparece de forma resumida na classificação de Bethesda. É nela que nos baseamos para definir qual o diagnóstico final do nódulo da tireoide e qual é o último passo nessa jornada de investigação.


Para que você tenha uma ideia, nódulos classificados como Bethesda II tem uma chance muito maior de serem benignos do que malignos: apenas 2% dos nódulos com essa classificação são cânceres da tireoide.


Já os nódulos classificados como Bethesda V ou VI, têm grande risco de serem malignos: se você tem um nódulo desses, é importante que marque uma consulta com o cirurgião de cabeça e pescoço para avaliar a necessidade de uma cirurgia. 97% dos pacientes com nódulos Bethesda VI tem um câncer da tireoide crescendo no pescoço.


De maneira semelhante, nódulos classificados como Bethesda IV só podem ser definidos como benignos ou malignos depois de retirados com uma cirurgia da tireoide (tireoidectomia parcial ou total) ou depois da avaliação com o teste molecular. Se você tem um nódulo da tireoide que se enquadre nessa categoria, você deve também passar em consulta com o cirurgião de cabeça e pescoço, existe uma chance grande que você precise passar por uma cirurgia.


Agora você já conhece o caminho que se deve percorrer para descobrir a natureza de um nódulo na tireoide. Compartilha esse artigo com alguém que precisa saber disso também!



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Dr. LAURO MATOS DE ALMEIDA

Cirurgião de Cabeça e Pescoço

Membro do grupo de cabeça e pescoço da CLION

Preceptor da UFBA - HUPES

CLION - Rio Vermelho

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